Nomenclatura
Reino: Metaphyta
Divisão: Spermatophyta
Classes: Dicotyledonae
Subtribo: Stylosanthinae
Tribo: Aeschynomeneae
Subfamília: Papilionoideae
Família: Leguminosae
Nome científico: Stylosanthes macrocephala
Nome Popular: Estilosantes |
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Foto: Marta PereiraConsórcio de estilosantes com colonião. |
Descrição do gênero: O gênero Stylosanthes possui 44 espécies, sendo que 25 ocorrem no Brasil, principalmente na região do Cerrado.
Descrição da espécie: Stylosanthes macrocephala M.B. Ferreira & N.M. Sousa Costa é um subarbusto perene. Possui muitos galhos. É semi-prostrada e alcança de 20 a 80 cm de altura. Os galhos são pilosos. São trifolioladas, com folhas no formato estipulado-obovado. A inflorescência é capitada, terminal ou axilar. Cada galho pode produzir de 10 a 30 flores. As sementes são marrom-amareladas ligeiramente mosqueadas de negro. S. macrocephala produz nódulos com rizóbios nativos.
Origem e distribuição: Esta espécie é originária do Brasil central. Originalmente era restrita ao cerrado. Atualmente se encontra amplamente distribuída em países tropicais devido a introdução.
Habitat: Tolerante a solos ácidos e com baixa fertilidade. Em áreas cultivadas a produtividade aumenta com o uso de fertilizantes.
Doenças: Costuma ser mais resistente a antracnose do que outras espécies do gênero. Há registro, na Colômbia, de ataques por ferrugem (Rhizoctonia sp.)
Interesse agropecuário: Stylosanthes é o gênero com maior número de cultivares dentre as leguminosas tropicais usadas como pastagens. No Brasil oito cultivares foram liberados comercialmente no mercado. As espécies S. guianensis, S. capitata e S. macrocephala são as principais espécies com potencial de uso no Brasil. Atualmente encontra-se no mercado dois cultivares deste gênero, o estilosantes Mineirão e o Campo Grande.
O estilosantes Mineirão é perene, semi-ereto, podendo atingir 2,5 m de altura. É muito tolerante à antracnose e permanece verde durante o período seco. Os teores de proteína bruta na parte aérea variam de 12 a 18%. Possui boa adaptação e desempenho desde Roraima até São Paulo e Mato Grosso do Sul. É recomendado para ser utilizado em pastagens consorciadas, banco de proteína, recuperação de pastagens ou em associação com culturas anuais como adubo verde.
Outro cultivar encontrado no mercado é o multilinha Campo Grande. Esse cultivar foi desenvolvido pela Embrapa Gado de Corte. É uma mistura física de sementes com 80% (em peso) de linhagens de S. capitatatolerantes à antracnose e 20% de linhagens de S. macrocephala. Este cultivar tem apresentado bom desempenho em solos com textura arenosa e média, como os Latossolos textura média e Areias Quartzosas. A principal forma de utilização é em consorciação com Brachiaria decumbens, B. brizantha eAndropogon gayanus. Existe um grande potencial na utilização deste cultivar em recuperação de pastagens e de áreas degradadas.
Propagação: Através de sementes.
Habitat: Cerrados de solos argilosos, arenosos ou pedregosos, com fertilidade média a alta.
Utilidade: Fixa nitrogênio. É capaz de crescer em regiões muito arenosas, sendo muito resistente à seca, portanto, serve para recuperação de áreas degradadas. Na região do Cerrado está sendo utilizado também o cultivar “Pioneiro”. |