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Piatã da Gado de Corte na 7a edição do Ciência para a Vida

 

ANO 7 – Edição 891 – 23/4/2010 – Periodicidade Semanal   

Em meio às 200 tecnologias presentes na VII Exposição de Tecnologia Agropecuária – Ciência para a Vida, que acontece de 24 de abril a 2 de maio, em Brasília-DF, na Sede da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, a Embrapa Gado de Corte, uma de suas 45 Unidades, levará para os visitantes o ciclo biológico do capim-piatã. 

 

Lançado em 2007, a primeira cultivar de forrageira protegida da Embrapa, a BRS Piatã foi desenvolvida a partir da coleção de forrageiras da Empresa e passou por avaliações durante 16 anos. O nome Piatã foi escolhido como forma de homenagear o povo indígena tupi-guarani e significa fortaleza, valentia e coragem.

 

A BRS Piatã é uma planta de porte médio com altura entre 0,85 m e 1,10 m, não tem pêlos nas folhas e seus colmos são finos e verdes. Moderadamente resistente às cigarrinhas típicas de pastagens, não é resistente à cigarrinha-da-cana, comum na região Norte do Brasil.

 

Apropriada para solos de média fertilidade, tolera solos mal drenados, floresce cedo, nos meses de janeiro e fevereiro, e sua inflorescência apresenta até 12 ramificações, o que a diferencia das demais cultivares e destaca-se também pelo elevado valor nutritivo e alta taxa de crescimento e rebrota. Os testes mostraram que em parcela sob corte o Piatã produziu em média 9,5 toneladas por hectare de matéria seca com 57% de folhas, sendo 30% da produção obtida na época seca. E o teor médio de proteína bruta nas folhas foi de 11,3%.

 

Seu sistema de manejo é semelhante ao capim-marandu. Em pastejo contínuo, a altura da pastagem deve permanecer entre 25 e 35 cm de altura. Em rotacionado, a altura no momento da entrada dos animais deve ser de aproximadamente 40 cm e de 20 cm na saída. Em solos de alta fertilidade recomendam-se 35 e 15 cm, respectivamente, para entrada e saída dos animais. Essa nova cultivar pode ser cultivada em praticamente todo o país, em regiões com bom regime de chuvas e sem invernos rigorosos.

 

Com relação a ganho de peso animal, os testes mostraram que a BRS Piatã resultou em 45 quilos por hectare por ano de peso vivo a mais que a cultivar Marandu. A nova cultivar produz cerca de 150 quilos de sementes por hectare ao ano. Resumindo: a cultivar é uma boa opção para a integração lavoura-pecuária, consorciação com a leguminosa estilosantes Campo Grande e “mais uma alternativa para a diversificação de pastagens”, afirma o pesquisador da Embrapa, especialista em forragicultura, José Alexandre Agiova da Costa, que estará presente no Ciência para a Vida, ao lado dos colegas, Haroldo Pires de Queiroz e Marilene Veiga Fonseca.

 

Ao longo desses 30 anos a Embrapa Gado de Corte, em parceria com outras Unidades, pesquisou e lançou sete cultivares: os capins Marandu, Mombaça, Tanzânia, Massai, Xaraés, estilosantes Mineirão e Campo Grande. O Piatã é o oitavo exemplar colocado à disposição do produtor e o primeiro registrado.

 

Informações: http://www.cienciaparavida.com.br/ e www.cnpgc.embrapa.br. 

 

 
Redação: Dalízia Aguiar e Eliana Cezar

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