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Mudanças climáticas e recuperação de pastagens são os focos da pesquisa de melhoramento de forrageiras para os próximos anos

Ano 7 – nº 1130 

Não se pode colocar dúvida na relevância das plantas forrageiras para os sistemas produtivos no Brasil e no mundo. Elas são a base alimentar da bovinocultura de corte e de leite. Para o caso brasileiro, a importância dessas plantas é ainda maior, pois a criação de animais no pasto predomina no país. Aliás, para alguns especialistas este foi o diferencial que colocou o Brasil no patamar de maior exportador de carne. 

 

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Todavia, os mesmos especialistas sabem e ressaltam que para manter essa base, ou seja, a produtividade – e não fala-se apenas Brasil – é preciso avançar continuamente na melhoria das pastagens. Uma tarefa árdua que tem pela frente inúmeros desafios a começar pela mudança climática. Esse e outros assuntos como biotecnologia, produção de bioenergia foram destaque no III Simpósio Internacional sobre Melhoramento de Forrageiras (SIMF) realizado pela Embrapa Gado de Corte e parceiros, em Bonito, Mato Grosso do Sul.

 

Segundo a coordenadora do 3º SIMF, a pesquisadora Cacilda Borges do Valle dois fatores motivaram a realização desta terceira edição, o resultado dos simpósios anteriores, que propiciaram novas perspectivas para pesquisa. E a possibilidade de compartilhar ideias e projetos que estão sendo executados em outros países.

 

“Qualquer programa de melhoramento genético não leva menos do que oito a dez anos para levantar um material. Então você tem que imaginar o que vai ser necessário para daqui oito a dez anos. Caso contrário você não chega lá. Por isso precisamos usar experiências de quem faz isso há mais tempo e a única forma que vejo para isso é interagir. Foi muito importante trazer pessoas que fazem melhoramento de azevém, por exemplo, porque o azevém tem 50 anos de experiência de melhoramento. A partir dai, dá para observar o que deu certo e o que não deu e essa é a ideia principal de termos um Simpósio como esse”, explicou a melhorista.

 

Parceria – na terceira edição do Simpósio o tema dos debates foi o “Melhoramento de forrageiras visando adaptação e mitigação de mudanças climáticas – Produção animal eco-eficiente”, que não deixou de abordar um tema bastante sensível para o Brasil: a recuperação de pastagens.

 

Durante o SIMF foi assinado um protocolo de intenções entre a Superintendência de Desenvolvimento do Centro-Oeste (Sudeco), a Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Famasul), a Secretaria de Desenvolvimento Agrário, da Produção, da Indústria, do Comércio e do Turismo do Estado de Mato Grosso do Sul (Seprotur), e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

 

O documento tem como objetivo firmar um compromisso entre as partes para a realização de cursos de capacitação e treinamento de técnicos voltados para a recuperação de áreas degradadas em MS. O intuito é combater o problema na ponta, direto com o produtor. “Esse é o primeiro passo para uma grande caminhada que é a recuperação de quase 30 milhões de áreas degradadas na região Centro-Oeste”, afirma Marcelo Dourado, superintendente da Sudeco.

 

Para a secretária Tereza Cristina Correa da Costa Dias, o protocolo reflete a preocupação do Governo do Estado com problema das áreas degradadas. “Crédito, nós temos. Não é problema. O que precisamos é de conhecimento, capacitação e a Famasul está nos dando respaldo. Ela nos ajudará a multiplicar as informações. Vamos criar uma assistência continua para combater a degradação do solo”, diz Tereza.

 

A assinatura do protocolo de intenções tem relevância estratégica e está em conformidade com os temas do Programa de Agricultura de Baixo Carbono (ABC) do Governo Federal.

 

Prêmio – a cerimônia de premiação dos melhores trabalhos apresentados no III SIMF encerrou as atividades do evento. Foram 74 posteres de pesquisadores brasileiros e estrangeiros; dos três vencedores na categoria, dois deles são da Embrapa Gado de Corte.

 

O primeiro lugar ficou com a aluna de pós-graduação da Universidad Nacional del Nordeste (UNNE) e bolsista da Agencia de Promoción Científica y Tecnológica), Elsa Brugnoli, com “Diversidade Genética de Paspalum simples”, orientada pelos professores da UNNE, Mario Urbani, Camilo Quarín e Eric Martínez.

 

Segundo Elsa o objetivo do trabalho era determinar os níveis de ploidía em populações naturais de Paspalum simples, bem como, estudar a diversidade existente dentro e entre as populações naturais de P.simplex através da análise do polimorfismo do DNA e variabilidade morfológica.

 

A pesquisadora da Embrapa Gado de Corte, Letícia Jungmann Cançado, ficou em segundo lugar com “Identification of microsatelite userful for gene flow measuremente in Brachiaria” que contou com a participação de Bruno da Costa Paniago, mestrando em Biotecnologia; Bruno Ferreira dos Santos, graduando em biologia; Semíramis Luana de Souza Galeano, laboratorista da Embrapa Gado de Corte; e Cacilda Borges do Valle, pesquisadora da Gado de Corte.

 

Por último quem recebeu o prêmio foi a graduanda em biologia, Danila Cabral do Nascimento com “Alterações no proteoma de Brachiaria brizantha relacionadas a resistências às cigarrinhas das pastagens”, ao lado da mestranda em Biologia Vegetal, Carolina Sant’Ana Robles; e das cientistas da Embrapa Cacilda Borges do Valle e Karem Guimarães Xavier Meireles.

 

Redação: João Costa Jr.

2 Comments

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