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Funcionárias saem da rotina e vão para a oficina

Ano 8 – nº 1146

 

Conhecimento em carros, habilidade em mecânica e presteza na hora de trocar um pneu são coisas masculinas? Se essa pergunta fosse feita na Unidade Gado de Corte a resposta viria em coro e com certa ênfase. Na forma maiúscula de tom exclamativo: Nãoo! A certeza categórica, que contraria o manual dos costumes do senso comum, é um fruto de uma ação que levou o público feminino do Centro para dentro da oficina.{jcomments on} 

 

O Curso de Mecânica para Mulheres, promovido pela parceria dos Programas Qualidade de Vida e de Pró-equidade de Gênero e de Raças, iniciativa Governo Federal juntamente com a Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República, e dos setores de Gestão de Pessoas, Comunicação Organizacional e Máquinas e Veículos, reuniu mais de 15 funcionárias. Com a apostila nas mãos e as dúvidas na cabeça, elas passaram um dia inteiro aprendendo como funciona um automóvel. O curso foi dividido em duas partes, uma teórica e outra prática.

 

Segundo a representante do Pró-equidade da Unidade, Renata Pollak, o treinamento contribuiu para reafirmar os compromissos de promoção da igualdade entre mulheres e homens, bandeira defendida pela Embrapa desde a primeira edição do programa. “Estamos na 4ª edição do programa e o curso de mecânica dá inícios os trabalhos que serão realizados ao longo de 2012, a fim de cumprir as metas estipuladas pelo Programa”, explicou Renata.

 

A imagem da mulher nos dias atuais não se limita mais ao universo do doméstico ou materno. Falando das mudanças do papel da mulher, Renata comenta que “hoje, assumimos um papel múltiplo. Somos mulher, mãe e trabalhadora e precisamos estar preparadas para enfrentar, com autonomia, cada desafio que nos aparece. Por isso, agora, a troca do pneu, a troca do óleo e a conversa com o mecânico também são coisas de mulher”, completou.

 

Para o professor Carlos Lubas, mecânico do Setor de Máquinas e Veículos, o curso foi bem aproveitado. “Elas se mostraram bem dispostas para aprender”. O que não faltou foram perguntas. Durante a parte prática, diante do veículo, as dúvidas saltaram aos olhos. “Havia muita lenda tomada como verdade. Coisas que eram feitas como, por exemplo, colocar os melhores pneus na frente quando, na verdade, eles deveriam ser colocados na traseira que é a parte mais leve do carro, evitando assim que haja uma probabilidade alta de aquaplanagem em dias de chuva”, esclareceu Lubas.

 

Com entusiasmo e descontração as alunas sabem muito bem como será daqui para frente. A pesquisadora Alexandra Rocha, brincou ao dizer que “mecânico nenhum vai enganar a gente mais”. Esse sentimento de segurança marcou a experiência. Segundo Maria Goretti dos Santos, assistente do laboratório de Sanidade Animal, o curso foi fantástico. Ela não só tirou dúvidas que há muito tempo carregava como aprendeu bastante. “Agora, tenho mais segurança para lidar com diversas situações, inclusive no mecânico”, enfatizou.

 

Mas depois de um dia tão diferente, ficou uma pergunta: Quando será o Curso de Mecânica II para mulheres?

 

Redação: João Costa Jr.

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