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Mais que um contrato de trabalho

Ano 9 – nº 1.189 

Embrapiano, termo não encontrado no dicionário, porém visível nos corredores de qualquer Unidade da Embrapa. Ao encontrar-se com um funcionário trajando a camisa da Embrapa, você, talvez tenha ali um embrapiano. Para ter certeza, alguns minutos de conversa são o suficiente para confirmar se está diante ou não de um empregado que veste a Embrapa não somente na roupa, mas em seu dia-a-dia.

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Entretanto, essa forma ‘embrapiana’ de ser não é privilégio daqueles que possuem contrato de trabalho assinado e lavrado com a Empresa, nos Centros de Pesquisa afora é possível se deparar com empregados terceirizados, contratados, estagiários e bolsistas que também carregam a marca no coração. Marlene da Conceição Monteiro Oliveira é um exemplo.

 

Em 2012, a Embrapa Gado de Corte, em Campo Grande-MS, completou 35 anos de atividades e Marlene Monteiro, 30 anos de serviços prestados à Empresa. Técnica agrícola, a paranaense concluiu o curso técnico entre 1981 – 1982, fez três meses de estágio na Unidade, foi contratada pela extinta Empresa de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Mato Grosso do Sul (Empaer), hoje Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural (Agraer), e por conta do desempenho apresentado durante o estágio, ficou à disposição da Embrapa, via contrato de cooperação, atuando nos projetos de pesquisa em entomologia.

 

Na época, a equipe da Empresa em entomologia era mínima, contava com os pesquisadores Wilson Werner Koller e José Raul Valério e o assistente Valdomiro Marques, aposentado há alguns anos. Iniciavam-se os estudos em cigarrinhas-das-pastagens e a presença de mais uma pessoa no grupo para colaborar em levar para o campo os experimentos foi muito mais que necessária. “É muito difícil imaginar essa situação (não ter o apoio de Marlene). Prefiro exaltar o quão afortunado fui por tê-la em nossa equipe de trabalho, equipe pequena onde ela fez a diferença”, ressalta José Raul.

 

Com o passar dos anos, as pesquisas ficaram nas mãos de Valério e Marlene. Hoje, o cenário é diferente, uma pesquisadora e mais um técnico agrícola atuam e a embrapiana de alma revela que comemora ao ver “os resultados e saber que tem um pedaço do trabalho da gente ali, a cada cultivar de forrageira lançada”. “Todos os méritos e créditos pelo sucesso que alcançamos, seja nos conhecimentos gerados, seja nos produtos liberados, especialmente, nossas cultivares são dela também”, completa o pesquisador Valério.

 

A postura do cientista é compreendida ao observar e sentir nas palavras “esteja chovendo ou não, não podemos perder o material, deixar para trás o que fizemos podendo prejudicar os resultados”, a paixão que a assistente de campo tem pelo que faz e gerou frutos, como o manejo integrado das cigarrinhas, alternativas de controle e sua influência no processo de degradação das pastagens.

 

Redação: Dalízia Aguiar

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