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maio 30, 2014
Josimar Lima do Nascimento

A Norma saindo do papel

Ano 10 – nº 1.268

 

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A Norma Regulamentadora 31, publicada em 2005 e alterada em 2011, aborda conceitos sobre segurança e saúde a serem observados pelas instituições e empregados nos ambientes de trabalho com atividades relacionadas à agricultura, pecuária, silvicultura, exploração florestal e aquicultura.

 

Nos 23 itens e subitens, a NR 31 traz para o binômio empregador-empregado explanações, exigências e medidas sobre as Comissões Permanentes de Segurança e Saúde no Trabalho Rural, agrotóxicos, meio ambiente e resíduos, ergonomia, ferramentas manuais, segurança em máquinas e implementos agrícolas, secadores, silos, acessos e vias de circulação, transporte de trabalhadores e cargas, trabalho com animais, fatores climáticos e topográficos, medidas de proteção pessoal, edificações rurais, instalações e áreas de vivência.

 

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Esta semana, mais um grupo de colaboradores da Embrapa Gado de Corte capacitou-se no item oito da NR 31, que trata de agrotóxicos, adjuvantes e produtos afins. O treinamento foi realizado em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar-MS) e habilitou a equipe em prevenção de acidentes com agrotóxicos, rotulagem e sinalização, higienização, uso de equipamentos de proteção individual, primeiros socorros e cuidados ambientais.

 

“Esta Norma foi um divisor de águas no trabalho rural”, constata o instrutor do Senar-MS, Valdir de Paula. O engenheiro agrônomo, especialista em segurança do trabalho, revela que antes da NR 31 “o trabalhador não era visto como um empregado, com deveres sim, mas direitos também”. Em 17 anos de experiência, Valdir viu e comprovou a evolução, gradativa, do setor nesse quesito, com “novas responsabilidades assumidas pelos envolvidos e valorização dos recursos humanos”.

 

Funcionários dos campos experimentais, laboratórios, máquinas e veículos, Fazenda Modelo, transferência de tecnologia e terceirizados puderam em 20 horas/aula observar que o treinamento mais que uma medida obrigatória, atendendo à Norma, era, sobretudo, “um momento de esclarecimentos e conscientização, colocando a saúde em primeiro lugar”.

 

Técnico atuando no Laboratório de Solos, Heraldo Miranda da Fonseca encarou pela primeira vez o curso. Em sua lida diária, há 24 anos, o risco de contaminação ao manusear produtos tóxicos é real. Ele acredita que informado e capacitado terá “maior segurança na aplicação de defensivos agrícolas, no preparo da calda, na aplicação e no contato com as áreas, nas quais os produtos foram aplicados, e mais conhecimento no desenvolvimento do trabalho”.

 

O curso NR 31 foi inédito para alguns funcionários, como Heraldo Miranda, para outros uma atualização. A prática é comum e anualmente o grupo é (re) habilitado. A cada mudança na fórmula e nos compostos há a obrigatoriedade da capacitação, esclarece a técnica em segurança do trabalho, Rosane da Silva. Ela reforça que “até hoje não houve notificação e registro oficial de intoxicação” e caso aconteça um acidente o colaborador deve procurar o ambulatório médico da Unidade. Em 2013, segundo ela, 30 pessoas se reciclaram; este ano, 40.

 

Parceria – Um diferencial em 2014 é a presença do Senar-MS com seus instrutores. “O corte nos recursos financeiros nos fez buscar o Senar e como temos áreas de interesse semelhantes a parceria estabeleceu um canal de comunicação que beneficiou a todos” afirma o analista de gestão de pessoas, Fernando Faleiros de Oliveira. Este ano, os cursos de aplicação de medicamentos e manejo racional já foram resultados da cooperação e de acordo com Faleiros os treinamentos em gestão de resíduos e operação e manutenção de tratores, programados, também terão suporte do Senar-MS.

 

Desde 2011, a Embrapa mantém um acordo de cooperação técnica com o Senar para fortalecer a transferência de tecnologia no campo e isso possibilitou a realização de módulos temáticos focando em ensino a distância (EaD), por intermédio de videoaulas, com a participação dos pesquisadores de diversas Unidades da Empresa. O êxito da proposta expandiu projetos e abriu janelas. 

 

Redação: Dalízia Aguiar

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