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Programa de Boas Práticas Agropecuárias consolida-se no país

Foto Vanessa Felipe
Técnicos da Tortuga em treinamento do BPA

ANO 7 – Edição 898 – 20/4/2010 – Periodicidade Semanal

 
Em 2010, o Programa de Boas Práticas Agropecuárias – Bovinos de Corte (BPA), coordenado pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, pretende por meio de contratos de cooperação técnica com outras entidades, transferir a tecnologia BPA para agilizar o processo de difusão do conhecimento e de implantação do Programa BPA.
 

 

O BPA é um conjunto de normas e procedimentos que devem ser observados pelos produtores rurais com a finalidade de tornar as propriedades rurais mais rentáveis e competitivas. O Programa, desta forma, tenciona fortalecer o setor produtivo a partir dessa adequação de procedimentos, do aumento da rentabilidade e da competitividade; da garantia de alimentos saudáveis e seguros; e da construção de sistemas de produção sustentáveis, com a asseguração do bem-estar dos animais.

 

Primeiramente, instrutores são capacitados em normas e procedimentos a serem examinados nos principais pontos de controle do sistema de produção da carne bovina. São eles: gestão da propriedade, função social do imóvel rural, responsabilidade social, gestão ambiental, instalações rurais, manejo pré-abate e bons tratos na produção animal, formação e manejo de pastagens, suplementação alimentar, identificação animal, controle sanitário e manejo reprodutivo. Após o treinamento, há a implantação do protocolo BPA na propriedade, a emissão de laudo de implantação, emitido pela Embrapa ou entidade parceira credenciada e, em uma segunda fase, a certificação da fazenda.

 

Na primeira etapa do projeto, os trabalhos eram realizados a varejo. Produtores interessados tinham seus empregados capacitados e o acompanhamento da equipe BPA. Com a reformulação da proposta, intitulada “Consolidação do Programa de “Boas Práticas Agropecuárias – Bovinos de Corte” nas principais regiões produtoras do país”, aprovada no Sistema Embrapa de Gestão – macroprograma 4, a formação de agentes multiplicadores será feita mediante parcerias com instituições públicas e privadas, sendo possível qualificar um maior número de pessoas, estabelecendo redes de transferência de tecnologia que promovam o incremento qualitativo da produção. Um grupo da Tortuga de Rio Brilhante-MS, composto por 10 técnicos da empresa e três da Superintendência Federal de Agricultura (SFA), recebeu o treinamento inaugural de 2010.

 

Atualmente há parcerias firmadas com a empresa Ouro Fino, a Associação do Novilho Precoce de MS e a Associação dos Criadores do Mato Grosso (Acrimat) e em fechamento com a Tortuga, a Associação Nacional dos Confinadores (Assocon), a Pfizer e a Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul (Acrissul). “Treinamos um grupo de técnicos da associação, por exemplo, e eles são responsáveis por implantar o BPA nas propriedades vinculadas à associação. A Embrapa Gado de Corte ou entidade por ela credenciada efetuará uma “auditoria” nas propriedades, após a implantação do protocolo BPA, para se certificar do cumprimento dos requisitos solicitados pelo Programa”, explica o pesquisador da Embrapa, Ezequiel Rodrigues do Valle, coordenador-geral do BPA.

 

Com 100 fazendas em processo de implantação espalhadas, principalmente, pelos estados do Rio Grande do Sul, São Paulo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Pará, o BPA possui coordenações regionais nas cinco regiões. No Norte a Embrapa Amazônia Oriental (Belém-PA) é responsável pelo Boas Práticas Agropecuárias; no Nordeste, a Embrapa Semi-Árido (Petrolina-PE); no Sul, a Embrapa Pecuária Sul (Bagé-RS); no Sudeste, a Embrapa Pecuária Sudeste (São Carlos-SP) e no Centro-Oeste, a Embrapa Gado de Corte (Campo Grande-MS), que também coordena nacionalmente o Programa.

 

Interatividade – outra novidade do projeto é a disponibilização de cursos, em ambiente virtual, voltados para disseminação das Boas Práticas Agropecuárias. Os cursos serão estruturados em módulos curtos de teorias intercalados com vídeos-aula, testes e tarefas a serem feitas fora do ambiente virtual, por meio de bate-papos agendados, fóruns de discussões e correio eletrônico.

 

Os benefícios serão observados rapidamente, pois com a geração de um maior fluxo de informações e uma melhor tecnificação da mão-de-obra, haverá um grande incremento no produto final. “A informação técnica chegará com maior rapidez aos empreendimentos de produção rural, associações de produtores e empresas de extensão, ocasionando assim, um aumento na qualidade das atividades pecuárias”, observa Luiz Leal, responsável pela ação dentro do Programa.

 

Redação: Dalízia Aguiar

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