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Embrapa Gado de Corte sedia etapa de pré-atividades do Congresso Internacional da Carne

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Dando início às pré-atividades do Congresso Internacional da Carne, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Unidade Gado de Corte, em Campo Grande-MS, realizou uma visita técnica com os participantes do Congresso.

 

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Para a dinamarquesa, Grethe Anderson, chefe de cozinha e consultora de alimentos do Danish Agriculture & Food Council – instituição equivalente ao Ministério da Agricultura Brasileiro – a visita à Embrapa alterou de modo significativo sua visão sobre a cadeia produtiva brasileira. “Muitas pessoas da Dinamarca acreditam que ao consumir a carne brasileira estariam de alguma forma contribuindo com o desmatamento da Amazônia, mas pelo que pude observar, a exemplo das pesquisas de melhoramento genético da Embrapa Gado de Corte, o cenário é bem diferente”, comentou.
 
Segundo a pesquisadora da Embrapa Gado de Corte, Cacilda Borges do Vale, responsável pelo melhoramento vegetal na área de forrageiras tropicais, “objetivo do estudo é produzir novas cultivares que diversificam as pastagens com produtividade, sustentabilidade, valor nutritivo e livre de pragas e doenças”. No entendimento da pesquisadora o investimento na área vegetal é crucial para melhorar a qualidade do produto, pois como argumenta a mesma, a variablidade é a solução ideal para potencializar a produção uma vez que permite recuperar o solo.
 
Por esse caminho, afirma Grethe é possível vislumbrar uma realidade diferente da difundida em seu país. “Não dá mais para pensar que o aumento do gado está diretamente ligado com o aumento do desmatamento ambiental. A Embrapa mostrou um viés em que existe todo um esforço para o aproveitamento racional da produção”, completou.
 
O produtor norte-americano Phil Bradshaw também compartilha da opinião de Grethe. Ele viajou milhas para aprender mais sobre o impacto da liberação de gases a partir da produção agropecuária. “As pessoas temem o que não sabem. Precisamos educá-las, pois como vimos aqui, existem tecnologias que permitem preservar o meio ambiente e ter ganho produtivo”, explicou.
 
Genética animal – Outro tema abordado no debate e que manteve o foco do aprimoramento da cadeia produtiva e tratou do melhoramento genético animal. Desde a década de 80, a Gado de Corte faz avaliação genética de zebuínos. Segundo o pesquisador palestrante, Luiz Otávio Campos da Silva, o intuito era traçar a pirâmide genética da raça buscando melhores ganhos de produtividade. Luiz Otávio esclarece que as duas frentes estimuladas nesse sentido foram seleção e cruzamento. “Você só faz um cruzamento bom se fizer uma seleção boa”, ou seja, para saber a qualidade de uma vaca é necessário perguntar sobre sua filiação. “O que buscamos no melhoramento animal é coletar as melhores informações para chegar ao valor genético verdadeiro”, afirmou.
 
Em suma, a grande finalidade desse ramo é melhorar o vigor dos animais e ajustá-los com maior velocidade ao mercado. Nesse ínterim, o desafio atual esbarra em manter a posição na exportação, melhorar a qualidade do produto e do atendimento no mercado interno, e assim, produzir maior valor por tonelada de carne exportada. Logo, a questão do melhoramento respalda na necessidade constante de aperfeiçoamento tecnológico do setor da carne. Graças ao melhoramento, acentua o pesquisador, é possível desenvolver raças que adquiram peso em menor tempo, favorecendo uma retração no período de pastagem o que reduz os danos ao solo e aumenta a sustentabilidade da produção.
 
DSC00572ILPF – Além do melhoramento genético animal e vegetal, há outras alternativas para se atingir um maior ganho produtivo, essa nova rota é traçada pelo Sistema de Integração Lavoura Pecuária – ILPF aponta o pesquisador Roberto Giolo. Conforme Giolo, o sistema traz benefícios técnicos, econômicos, ambientais e sociais ao produtor. Ele explica que de um modo geral a implementação do programa rende maior eficiência do uso da terra, o que acarreta em melhoria do solo e da perspectiva econômica, visto que diversidade da produção diminui o risco de perda agrícola. Do outro lado, ressalta, o ambiente e a área social acabam se favorecendo com essa mudança no paradigma produtivo.
 
“Com o solo mais saudável, não só a paisagem se transforma, mas ocorre com a eventual proteção da terra, maior produtividade acompanhada da queda nas taxas de seqüestro de carbono. Nesse plano o produtor dinamiza sua produção, investe em mão-de-obra e o emprego cresce, juntamente com a expansão da demanda consumidora, reflexo direto da qualidade gerada
durante o processo”.
 
Concomitantemente ao salto produtivo do sistema ILPF, a Embrapa ainda trouxe para o debate a relação nas emissões de gases de efeito estufa na pecuária de corte focado nos sistemas de criação: intensivo, extensivo e intermediário. Para o pesquisador David Bungenstab, “a pecuária não é grande vilã como a sociedade afirma e que existem tecnologias para minimizar o problema”. A grosso modo a análise entre a produção agropecuária e a emissão de gases respeita regras simples. “O primeiro passo para o sistema sustentável é a eficiência e para se obter eficiência é fundamental a gestão”, conclui Bungenstab. O cientista destaca que para se alcançar a sustentabilidade deve-se levar em conta, a intensificação dos ciclos de operação, por meio do Sistema ILPF, que mitiga tanto a emissão de gases quanto seus danos.

Minibibliotecas – Presidente da Embrapa faz entrega de Minibibliotecas ao prefeito de Campo Grande e profere palestra no Congresso Internacional da Carne

O diretor-presidente da Embrapa, Pedro Antonio Arraes Pereira, chegou a Campo Grande na terça-feira, dia 7, para palestrar no Congresso Internacional da Carne e aproveitou a ocasião para fazer a entrega de uma Minibiblioteca da Embrapa ao prefeito de Campo Grande, Nelson Trad Filho, e assinar contratos de cooperação técnica com líderes do setor agropecuário.

A solenidade de entrega da Minibiblioteca aconteceu no gabinete do prefeito Nelson Trad nas presenças da secretária municipal de educação, Maria Cecília Motta, do chefe-geral Cleber Soares da Embrapa Gado de Corte e chefe de transferência José Anibal Comastre Filho da Pantanal, além de outras autoridades.

As minibibliotecas são compostas por informações tecnológicas para a produção agropecuária e de alimentos de qualidade e é composta por mais de 100 obras impressas, 40 títulos de programas de rádio, 37 títulos de vídeos e da videoteca rural editados pela Embrapa Informação Tecnológica, unidade com sede em Brasília-DF.

Ao entregar a minibiblioteca ao prefeito de Campo Grande, Pedro Arraes destacou a importância desse trabalho e o impacto nas escolas: “É um trabalho simples mas de grande impacto”, disse Arraes. Segundo ele, a ideia do projeto é de aperfeiçoa-lo ainda mais e enriquecer o acervo visando o aprendizado. “As Minibibliotecas da Embrapa são uma pequena contribuição da Empresa”, frisou.

O prefeito recebeu o material e passou às mãos da diretora da escola Leovegildo de Melo, instalada na zona rural da cidade. Nelsinho Trad cumprimentou a Embrapa pelos serviços prestados à sociedade brasileira e disse ter orgulho da Empresa por tantos benefícios prestados ao Estado. “Sentimos a presença da Embrapa na cidade e queremos cultivar mais benefícios”, ressaltou o prefeito.

Após a solenidade, o presidente da Embrapa, o prefeito e o chefe-geral Cleber Soares conversaram sobre áreas experimentais, da preocupação da Embrapa com o meio ambiente em manter os biomas, de parcerias públicas e privadas para realização de pesquisas e recursos para o desenvolvimento de projetos que visem o crescimento de MS.

Redação:
Eliana Cezar Silveira (DRT-15.410/SSP/SP)
João Carlos da Costa Junior (DRT/MS 619) – Bolsista
Embrapa Gado de Corte

 

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