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Viver bem não é fácil, mas impossível não é

Viver bem não é fácil, mas impossível não é
Cardápio monocromático, horários desregulados e indisciplina alimentar assim é a mesa de alguns brasileiros. Outros levam, pela correria cotidiana, uma vida carregada de hábitos sedentários. E muitos vivem as duas realidades durante as 24 horas do dia e, entre muitos, empregados da Gado de Corte.  O Programa de Qualidade de Vida e Segurança no Trabalho (QVT), em mais uma parceria com o Sesc, realizou um diagnóstico do quadro pessoal da Unidade e os resultados, sob um olhar clínico, foram certamente preocupantes.
Na primeira fase, os trabalhadores passaram por testes rápidos, medição corporal e responderam questionários. Dos 104 dispostos a encarar, 70% da equipe estava com sobrepeso ou obesidade e 40% com pressão arterial limítrofe ou acima do recomendado. Na segunda etapa, os mais corajosos ainda, dividiram-se em dois grupos para adquirir novos hábitos alimentares, acompanhados pela nutricionista do Sesc, Camila Isabel Benites Zidko. Para ajudar na missão, a empresa Pack Frutas forneceu, por adesão, refeições balanceadas e pacotes diários de frutas.
Em 45 dias de trabalho e três consultas-retorno, os sobreviventes apresentaram o saldo final, porém inicial, desse novo modo de vida. “Os 16 participantes conseguiram reduzir 31,100 kg (média de 1,94kg/pessoa), sendo que um dos colegas eliminou 4,5 quilos”, comemora um dos responsáveis pelo Programa de Qualidade de Vida do Centro, Fernando Faleiros. “A maioria não seguia horários, somente as grandes refeições e nada mais. Alguns nem isso e outros saiam de casa sem o café da manhã. O sedentarismo e a obesidade foram evidenciados nos índices, como colesterol e triglicerídeos”, relata a nutricionista Camila Zidko.
A profissional esclarece que a reeducação alimentar não é deixar de comer para emagrecer, mas saber comer o que tem à mesa. “Arroz, feijão, carne, tomate e cenoura também emagrecem”, desmistifica. O grupo da Empresa acompanhado por ela foi conduzido com essas premissas. “O trabalho foi individualizado, preparamos um plano alimentar com base na realidade do funcionário, respeitando suas limitações, hábitos e deficiências”, explica. A sobremesa, segundo ela, é a atividade física que deve ser tão comum quanto tomar dois litros de água/dia.
Aos 57 anos, Sebastião Franco é hipertenso e fazia acompanhamento cardiovascular, porém exercício físico e hábitos saudáveis nada. Integrante do Programa sentiu o peso em excesso e os índices alterados. “A fadiga era crescente e, por isso, busquei orientação. Comecei a caminhar pela manhã e estou me sentindo muito melhor. Quando a gente quer a gente muda sim e quero viver um pouco mais”, espera Sebastião quase 5 kg mais magro.
“O início não é fácil e todos sabem. Salvo raras exceções, o grupo estava empenhado em superar, cada um, seus obstáculos”, relembra Camila, confirmando a dedicação de Sebastião. Ele até não se enquadrava no diagnóstico, todavia comer corretamente era a sua meta e, assim, o empregado Zivaldo Alves de Almeida participou do projeto. “Em 98, por estresse, meu coração me assustou, desde então emagreci e mantenho o peso com musculação e corrida. Além disso, já bebia pouco e cortei de vez. Só que não era de muita salada nem frutas, não tinha horários para me alimentar e líquidos não eram frequentes. Precisava de disciplina”, confessa o técnico. Para não deixar passar, ele pretende eliminar 2 kg que o incomodam.
Já a assistente da biblioteca, Nilza Brito de Souza, visa eliminar 7 kg. Em menos quantidade e com mais qualidade, o verbo comer está na rotina da funcionária. Mais legumes, frutas, derivados de leite e saúde, além do desejo de começar o ano na hidroginástica. “Sinceramente, por estar às portas dos 60 anos, creio dar sinais de boa saúde”, anima-se. É a energia da maturidade falando nesses empregados com mais de 50 anos, provando o poder transformador da força de vontade.
O Programa QVT tenciona, segundo Fernando Faleiros, ampliar o atendimento nutricional, quem sabe resgatar aqueles que ficaram pelo caminho, e aliar atividades físicas. “O Programa, reformulado corporativamente em 2011, é fundamentado em ciclos trienais para realização de suas cinco etapas. Estamos na fase de intervenção e aqui na Embrapa Gado de Corte de tudo que foi projetado, 80% se encontra implementado ou em andamento. É possível equilibrar em um mesmo espaço o trabalho e a qualidade de vida”.
Em 2013, o Programa confirmou isso oferecendo, dentre outras iniciativas, campanhas de saúde, vacinação, quick massage semanal, avaliações ergonômicas, encontros de integração, com diferentes temáticas, e essa revolução alimentar no arroz e feijão de cada dia dos colaboradores dispostos a enfrentar a mudança. Se for para trabalhar por 8 horas ou mais, por que não com bem-estar?

Ano 10 – nº 1.251

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Cardápio monocromático, horários desregulados e indisciplina alimentar assim é a mesa de alguns brasileiros. Outros levam, pela correria cotidiana, uma vida carregada de hábitos sedentários. E muitos vivem as duas realidades durante as 24 horas do dia e, entre muitos, empregados da Gado de Corte.  O Programa de Qualidade de Vida e Segurança no Trabalho (QVT), em mais uma parceria com o Sesc, realizou um diagnóstico do quadro pessoal da Unidade e os resultados, sob um olhar clínico, foram certamente preocupantes.

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Na primeira fase, os trabalhadores passaram por testes rápidos, medição corporal e responderam questionários. Dos 104 dispostos a encarar, 70% da equipe estava com sobrepeso ou obesidade e 40% com pressão arterial limítrofe ou acima do recomendado. Na segunda etapa, os mais corajosos ainda, dividiram-se em dois grupos para adquirir novos hábitos alimentares, acompanhados pela nutricionista do Sesc, Camila Isabel Benites Zidko. Para ajudar na missão, a empresa Pack Frutas forneceu, por adesão, refeições balanceadas e pacotes diários de frutas.

 

Em 45 dias de trabalho e três consultas-retorno, os sobreviventes apresentaram o saldo final, porém inicial, desse novo modo de vida. “Os 16 participantes conseguiram reduzir 31,100 kg (média de 1,94kg/pessoa), sendo que um dos colegas eliminou 4,5 quilos”, comemora um dos responsáveis pelo Programa de Qualidade de Vida do Centro, Fernando Faleiros. “A maioria não seguia horários, somente as grandes refeições e nada mais. Alguns nem isso e outros saiam de casa sem o café da manhã. O sedentarismo e a obesidade foram evidenciados nos índices, como colesterol e triglicerídeos”, relata a nutricionista Camila Zidko. 

 

A profissional esclarece que a reeducação alimentar não é deixar de comer para emagrecer, mas saber comer o que tem à mesa. “Arroz, feijão, carne, tomate e cenoura também emagrecem”, desmistifica. O grupo da Empresa acompanhado por ela foi conduzido com essas premissas. “O trabalho foi individualizado, preparamos um plano alimentar com base na realidade do funcionário, respeitando suas limitações, hábitos e deficiências”, explica. A sobremesa, segundo ela, é a atividade física que deve ser tão comum quanto tomar dois litros de água/dia.

 

Aos 57 anos, Sebastião Franco é hipertenso e fazia acompanhamento cardiovascular, porém exercício físico e hábitos saudáveis nada. Integrante do Programa sentiu o peso em excesso e os índices alterados. “A fadiga era crescente e, por isso, busquei orientação. Comecei a caminhar pela manhã e estou me sentindo muito melhor. Quando a gente quer a gente muda sim e quero viver um pouco mais”, espera Sebastião quase 5 kg mais magro.

 

“O início não é fácil e todos sabem. Salvo raras exceções, o grupo estava empenhado em superar, cada um, seus obstáculos”, relembra Camila, confirmando a dedicação de Sebastião. Ele até não se enquadrava no diagnóstico, todavia comer corretamente era a sua meta e, assim, o empregado Zivaldo Alves de Almeida participou do projeto. “Em 98, por estresse, meu coração me assustou, desde então emagreci e mantenho o peso com musculação e corrida. Além disso, já bebia pouco e cortei de vez. Só que não era de muita salada nem frutas, não tinha horários para me alimentar e líquidos não eram frequentes. Precisava de disciplina”, confessa o técnico. Para não deixar passar, ele pretende eliminar 2 kg que o incomodam. 

 

Já a assistente da biblioteca, Nilza Brito de Souza, visa eliminar 7 kg. Em menos quantidade e com mais qualidade, o verbo comer está na rotina da funcionária. Mais legumes, frutas, derivados de leite e saúde, além do desejo de começar o ano na hidroginástica. “Sinceramente, por estar às portas dos 60 anos, creio dar sinais de boa saúde”, anima-se. É a energia da maturidade falando nesses empregados com mais de 50 anos, provando o poder transformador da força de vontade. 

 

O Programa QVT tenciona, segundo Fernando Faleiros, ampliar o atendimento nutricional, quem sabe resgatar aqueles que ficaram pelo caminho, e aliar atividades físicas. “O Programa, reformulado corporativamente em 2011, é fundamentado em ciclos trienais para realização de suas cinco etapas. Estamos na fase de intervenção e aqui na Embrapa Gado de Corte de tudo que foi projetado, 80% se encontra implementado ou em andamento. É possível equilibrar em um mesmo espaço o trabalho e a qualidade de vida”.

 

Em 2013, o Programa confirmou isso oferecendo, dentre outras iniciativas, campanhas de saúde, vacinação, quick massage semanal, avaliações ergonômicas, encontros de integração, com diferentes temáticas, e essa revolução alimentar no arroz e feijão de cada dia dos colaboradores dispostos a enfrentar a mudança. Se for para trabalhar por 8 horas ou mais, por que não com bem-estar?

 

Redação: Dalízia Aguiar

 

 

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