Veja o documento sobre “Uso de aditivos na dieta de bovinos de corte”, disponível em: https://www.embrapa.br/gado-de-corte/busca-de-publicacoes/-/publicacao/325185/uso-de-aditivos-na-dieta-de-bovinos-de-corte
Veja o documento sobre “Uso de aditivos na dieta de bovinos de corte”, disponível em: https://www.embrapa.br/gado-de-corte/busca-de-publicacoes/-/publicacao/325185/uso-de-aditivos-na-dieta-de-bovinos-de-corte
O jerimum maduro pode ser fornecido como complemento energético para bovinos, pois embora seja rico em carboidratos é pobre em proteínas.
Ele pode ser misturado com sorgo, milho, cana e madioca. Neste caso não seria um enriquecimento da dieta, pois todos esses alimentos são, como o jerimum, energéticos. Para acompanhar o jerimum são necessários alimentos proteicos (caroço de algodão, farelo de soja etc).
A ureia fornecida aos animais é para se transformar em proteína. A proteína é formada, essencialmente, de carbono, nitrogênio e enxofre. Os carboidratos (fibra, amido e açúcar do capim) fornecem carbono, a ureia fornece o nitrogênio e o sulfato de amônio fornece o enxofre. A ureia pecuária difere da agrícola em seu grau de pureza e higroscopicidade (capacidade de absorver água), mas a sua composição química é a mesma e também requer complementação com enxofre para formar as proteína. Assim, mesmo usando ureia pecuária, é preciso adicionar o sulfato de amônio. Há no mercado diversas marcas de sal com ureia, ureia extrusada com amido (amireia) e suplementos alimentares com ureia, todos composto de ureia com o enxofre necessário.
A silagem engorda mais. Pode acontecer de o pasto de capim tanzânia ou tifton rotacionado, bem adubado, com baixa lotação ou manejo de desnate, no auge do verão, resulte em ganhos de peso maiores que o de uma excelente silagem. Mas na maior parte do ano uma silagem média é melhor que uma pastagem média.
Não há no sorgo substâncias limitantes ao seu uso na alimentação de bovinos. Os limites ao seu uso são, em primeiro lugar, o seu custo como fonte de energia (os volumosos fornecem energia a custo mais baixo) e, em seguida, a necessidade mínima de fibras na dieta bovina. O grão de sorgo contém somente 2,5% de fibras e a dieta deve conter pelo menos 15% para que haja um bom aproveitamento dos alimentos e não ocorra problemas como a laminite, o timpanismo e os abcessos no fígado.
A levedura de cana (subproduto da produção de alcool) também não contém substâncias limitantes. Seus limites de uso são o custo e a necessidade de proteína do animal que será satisfeita com pequena proporção de levedura na dieta. A levedura contém cerca de 45% de proteína enquanto que a necessidade de um bovino de corte vai de 6% a 15% de PB na matéria seca da dieta. Portanto a levedura, pode chegar a 30% da matéria seca da dieta.
A cal aplicada na cana age diretamente sobre a forrageira. A cal deve ser misturada à cana picada e deixada em repouso por 8 a 12 horas para atuar sobre a fibra da forragem. A cal tem a função de hidrolizar a fibra da cana, quebrar quimicamente esta fibra, para torná-la mais digestível e aumentar seu consumo, mas há controvérsias sobre esse efeito (veja o artigo em anexo e o endereço www.hidrocana.com.br). A cal também evita a fermentação da cana permitindo armazená-la por até 4 dias depois de picada e tratada. Para utilizá-la dilua 500g de cal micropulverizada (virgem ou hidratada) em dois litros de água e aplique sobre 100 kg de cana. Para ter o melhor efeito a cana deve ser picada em pedaços de 8 mm e sem bem misturada à solução de cal.
A manga é um alimento com bom valor nutritivo e bastante palatável para bovinos. Normalmente a fruta é mastigada, a casca e a polpa são ingeridas e o caroço cuspido, entretanto há o risco de algum animal engolir este caroço. Na maioria das vezes nada acontece, mas o caroço pode obstruir o esôfago, provocando timpanismo por impedir a eructação (saída dos gazes produzidos no estômago). Ou pode obstruir a passagem do estômago para o intestino. O acesso às mangas deve ser evitado com cercas ou derrubando-se e recolhendo as frutas. Cortar a fruta ao meio já reduz o caroço a um tamanho seguro.
A formulação de suplementos deve levar em conta o conhecimento da composição e preços dos ingredientes disponíveis, o grupo genético, a idade e o peso dos animais, além de desempenho desejado e sexo. A Embrapa Gado de Corte oferece uma ferramenta de apoio na formulação destes suplementos que contém tabelas com o valor nutritivo de diversos ingredientes e equações que estabelecem a necessidade nutricional e calculam a composição da dieta, veja as publicações disponíveis no endereço abaixo:
https://www.embrapa.br/gado-de-corte/busca-de-publicacoes/-/publicacao/busca/c%C3%A1lculo%20minerais
O uso da cama de frango, ou cama-de-aviário, foi proibido por uma instrução normativa do Ministério da Agricultura (www.agricultura.gov.br) a fim de evitar a transmissão da vaca-louca para pessoas que consomem a carne bovinos alimentados com rações feitas de proteína animal. A cama-de-aviário costuma conter restos de ração para aves, que pode ser fabricada com vísceras e restos de carcaças de bovinos e ovelhas. Deste modo há um risco do boi ingerir essas farinhas de carne, se contaminar com a vaca-louca e provocar a doença (fatal e sem cura) em quem consumir sua carne. Foi o que, suspeita-se, aconteceu na Inglaterra em 1995/96. Para proteger o consumidor brasileiro e manter aberto os mercados mundiais para exportação de nossa carne que o Governo Brasileiro proibiu o uso de qualquer proteína de origem animal e cama-de-aviário na alimentação de ruminantes (bois, búbalos, cabras e ovelhas). Além da doeça-da-vaca-louca (EEB – encefalopatia espongiforme bovina, ou BSE em inglês), as principais doenças transmissíveis pela cama-de-aviário (frango e galinha de postura) são o tétano e o botulismo, que podem provocar a morte de bovinos.
O feijão tem de 22 a 26% de proteína bruta e cerca de 75% de NDT, valores que devem ser considerados na formulação da ração. Caso haja muita impureza no produto ele deve ser enviado para análise bromatológica a fim de se estabelecer seu valor nutritivo. A ração com feijão cru (moído e no máximo de 15% sem acompanhamento técnico) não deve conter uréia, pois as leguminosas contém uma enzima (urease) que acelera a liberação de amônia e pode levar à intoxicação. O grão torrado e moído pode ser usado, sem acompanhamento técnico, até o nível de 20% da ração.