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Vigilância conjunta contra zoonoses

Ano 9 – nº 1.246

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Desde 2007, o Mercosul em busca de seu fortalecimento e a caminho de um bloco mais igualitário criou o FOCEM – Fundo de Convergência Estrutural do Mercosul e já no mesmo ano aprovou o financiamento de onze projetos. O conceito adotado é que, aos poucos, a ideia de países concorrentes seja substituída por cooperados e solidários. Os recursos do Fundo são entregues em 70% pelo Brasil, seguido da Argentina, com 28%, o Uruguai com 2% e o Paraguai com 1% restante. Na hora da concessão, a lógica inverte e o Paraguai é o principal beneficiado com propostas financiadas, seguido pelo Uruguai.

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Os fundos podem ser solicitados pelos países membros para projetos dentro dos programas de Convergência Estrutural, Desenvolvimento da Competividade, Coesão Social e Fortalecimento da Estrutura Institucional e do Processo de Integração do FOCEM. Em 2011, os olhos voltaram para iniciativas de pesquisa em sanidade animal. A Embrapa ao lado do INTA (Argentina), INIA (Uruguai) e IPTA (Paraguai) propôs estabelecer uma plataforma de trabalho, definindo temas decisivos para a vigilância sanitária nos países latinos, com a colaboração de instituições parceiras, como universidades.

 

Técnicos, agentes de vigilância, autoridades relacionadas e pesquisadores de cada país, coordenados pelo Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA), estão, desde então, construindo um projeto em sanidade animal para o Cone Sul. Esta primeira fase é focada em tuberculose e brucelose, prevendo capacitação de pesquisadores, construção de rede de pesquisa e infraestrutura de laboratórios.

 

A 3ª reunião presencial da rede aconteceu na última semana de novembro, na Embrapa Gado de Corte, articulada por Lúcia Maia do IICA (Brasil). Os cientistas da Argentina, Uruguai, Paraguai e Brasil trabalharam “na matriz de marco lógico do projeto, com a validação de objetivos, indicadores e meios de verificação que haviam sido previamente aportados pelos participantes”, relata a pesquisadora da Embrapa, Eliana Valéria Covolan.

 

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Por videoconferência, conta Covolan, o especialista Luiz Drelischman (Paraguai) atuou “como analista de propostas do FOCEM e esclareceu dúvidas quanto à construção do projeto. A partir da matriz, acordada nessa reunião, se inicia o processo de adequação das diretrizes técnicas ao formato de projeto exigido pelo Fundo, o qual será feito por consultores contratados pelo IICA”.

 

Pelo cronograma, março de 2014 é a previsão de entrega do pré-projeto por parte dos consultores e envio às entidades para início das articulações políticas em cada país. Normalmente, a contrapartida é feita pelo Ministério da Fazenda, com suporte do Ministério da Agricultura, por isso é necessário empenho na articulação. Detalhes como o valor financiado ser em dinheiro, não em horas trabalhadas e os impostos internos ser de responsabilidade individual são acordados com a ciência, anuência e envolvimento de todos.

 

Tecnicamente, pela Embrapa, participam os pesquisadores Flábio Ribeiro Araújo, Grácia Maria Soares Rosinha, Lenita Ramires dos Santos, Luciana Gatto e Eliana Valéria Covolan.

 

 

Redação: Dalízia Aguiar 

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