Histórico

Assim como as universidades despertaram, recentemente, para a importância de oportunizar aos seus graduandos o acesso a eventos científicos como forma de melhor prepará-los para o exercício prático de suas futuras profissões, também muitas unidades da Embrapa sentiram-se compromissadas em auxiliar nessa tarefa fazendo o mesmo com os estagiários e bolsistas.

Estudantes universitários e, atualmente, até secundaristas, têm a iniciação científica como ferramenta importantíssima para o treinamento pretendido. Já os treinamentos de pós-graduação constituem a meta de todos aqueles que querem se tornar professores ou cientistas de nível superior, ou mesmo profissionais liberais competitivos, num ambiente no qual os empregos disponíveis são cada vez mais disputados.

Esta percepção de estudantes e pós-graduandos, internalizada pelas instituições de ensino e também absorvida pela Embrapa, implicou na procura crescente de estágios curriculares e para o desenvolvimento de atividades de iniciação científica, bem como de projetos para cursos de especialização e/ou de pós-graduação aqui na Embrapa Gado de Corte. A comunidade de estudantes assumiu proporção tal que permitiu a criação da nossa própria “Jornada Científica”.

Assim, no ano de 2005, foi reunido um grupo de trabalho constituído por pesquisadores e analistas, para discutir a viabilidade desta proposta e proceder a sua implementação. Foi preparado um “Regimento Interno”, que obteve a aprovação da chefia da unidade. Em acordo com este regimento foram criadas as “Normas” que viriam a reger a “Primeira Jornada Científica da Embrapa Gado de Corte – I JCEGC”, que foi realizada no período de 24 e 25 de novembro de 2005. Posteriormente, até por sugestão dos próprios participantes, a data foi antecipada para a segunda quinzena do mês de outubro, haja vista que novembro é término do semestre letivo.

Pouco mais de cinquenta resumos foram inscritos nesse primeiro evento, cujo sucesso repercutiu favoravelmente entre todos os participantes, criando, desde então, uma expectativa muito positiva para os que se seguiriam. Além do aspecto científico, que é o ponto alto dessa realização, também o apelo à cidadania é alvo de destaque por instituir o valor da inscrição na forma de alimentos não perecíveis que são doados para entidades assistenciais (creches comunitárias). Palestras sobre oratória, postura, redação técnico-científica, entre outros, vieram a ser incorporadas às jornadas, sendo oferecidas previamente, de modo que vários itens de avaliação para premiação dos melhores trabalhos, nos diferentes níveis de formação, pudessem ser postos em prática. Durante a apresentação dos resumos também são oferecidas palestras de interesse atual trazendo-se convidados com renomada autoridade e conhecimento em suas respectivas áreas de atuação.

A partir da segunda jornada o número de inscritos cresceu oscilando anualmente entre sessenta a quase oitenta inscritos. As primeiras jornadas foram realizadas no Salão Social da Associação de Empregados da Embrapa local (AEE), passando posteriormente ao auditório da unidade, o que permitiu oferecer mais conforto aos participantes. Ajustes nas normas gerais de inscrição, elaboração de resumos e/ou nas apresentações têm sido feitos sempre que necessário. No ano passado aconteceu a quinta jornada, abrindo-se, pela primeira vez as portas para a participação externa, o que deverá ser mantido para as futuras jornadas. Como marco vivo da realização da quinta jornada interna, ao final da sua realização efetuou-se o plantio de uma árvore no pátio em frente ao auditório. Trata-se de um cumbaru (Dipteryx alata Vogel, Leguminosa: Faboideae), o qual é típico do Brasil Central.

Pode-se, perfeitamente, dizer que a jornada científica é um “Raio-x” das atividades científicas e gerenciais recentemente desenvolvidas ou em execução na Embrapa Gado de Corte. Os trabalhos e palestras dos participantes externos, por sua vez, vêm enriquecer ainda mais o que é produzido aqui nesta unidade de pesquisa. Ou seja, a jornada científica constitui importante oportunidade para todos os empregados, especialmente aqueles mais ligados às ações de pesquisa, conhecer um pouco sobre “o que está sendo feito no momento e por quem”. Sensibilizar esses colegas para participarem ativamente do evento de acordo com a importância que lhe é devida, em especial os orientadores dos trabalhos inscritos e os pesquisadores em geral, é uma meta que requer muita militância por parte da comissão organizadora e empenho participativo da própria chefia.

A cada ano, a nossa JCEGC traz novidades ou mudanças no propósito de aperfeiçoá-la cada vez mais. O aprendizado não tem limites; aqueles que ensinam ou que fazem as coisas acontecerem aprendem tanto quanto ou ainda mais do que aqueles que lá estão buscando avidamente pelo aprendizado. Ou seja, conhecimento é um caminho de duas mãos e de muita troca, para que a multiplicação possa, de fato, acontecer.

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