O sorgo granífero pode ser pastejado sem nenhum risco para os animais, desde que não esteja no período da floração, quando contém altos teores de ácido cinanídrico e pode intoxicar. Antes do emborrachamento e a partir da formação inicial dos grãos não há nenhum perigo.
A ureia e o sulfato de amônio podem ser adicionados à cal na mesma solução de hidrólise, pois tanto a cal mantém sua capacidade de atuar sobre as fibras da cana, quanto os compostos nitrogenados se manterão perfeitamente na mistura. A cana, assim, pode ser oferecida aos animais de 6 horas até 4 dias após o tratamento. Do mesmo modo, o napier tratado com cal pode ser oferecido aos animais até três dias depois, pois a cal abaixa o pH da forragem e evita a fermentação. O benefício do tratamento do napier será, entretanto, menor, pois o aumento da digestibilidade não será tão grande quanto ao da cana. Atente para cal utilizada, ela deve ser uma cal especial para alimentação animal. A da construção civil contém furanos e dioxinas que podem intoxicar os animais e contaminar, com resíduos indesejáveis, a carne e o leite produzidos.
O bagaço de cana, mesmo hidrolizado, é um alimento de baixo valor nutritivo que sempre induz a um aumento no uso de concentrados na dieta dos bovinos, quando deles se espera um alto desempenho (como no confimento). Quando usado como volumoso único para animais em fase de terminação seu uso deve ficar em torno de 25% da matéria seca fornecida, ou seja, a ração concentrada deve ser de cerca de 75%. Quando se usa um volumoso de boa qualidade o fornecimento de concentrados é de cerca de 40%. Por esse motivo o uso do bagaço só se justifica quando o preço dos concentrados proteicos (farelo de soja, de algodão, ureia etc) e energéticos (milho, sorgo, polpa cítrica, refinazil, casquinha de soja etc), além do próprio preço do bagaço, estiverem muito baixos. Segundo a Empresa Pernambucana de Pesquisa Agropecuária, a hidrólise pode elevar a digestibilidade do bagaço de 35 para 60%, possibilitando uma oferta de 25 para 45% da MS da dieta. A hidrólise é feita concentração de 3%, ou seja 3 kg de cal para 100 kg de bagaço bem picado.
Além das limitações gerais para o uso da uréia (veja www.paralerepensar.com.br/cuidados.htm), não se deve esquecer que a função da ureia é melhorar o aproveitamento da fibra disponível no capim de baixa qualidade, típico do período seco do ano e que, portanto, só deve ser usada com volumoso à vontade. O fornecimento da ureia sempre deve ser acompanhado de enxofre na forma de flor de enxofre ou sulfatos. A ureia não deve ser fornecida a bezerros, cavalos, bovinos famintos ou animais doentes. E não pode ser molhada no cocho. O aproveitamento do caroço de algodão será melhor se ele for incluído numa mistura múltipla que equilibre os teores de proteína e energia da dieta. A fórmula abaixo pode ser usada para fornecimento no período seco e ter o consumo regulado pelo sal branco. A mistura foi balanceada para consumo de 1g/kg de peso vivo (um animal de 350 kg deve consumir 350 g / dia). Se for preciso aumente o sal branco para diminuir o consumo.
Milho triturado ……………………….. 15 kg
Caroço de algodão moído ………. 39 kg
Uréia ……………………………………. 10 kg
Sulfato de amônio ………………….. 02 kg
Mistura mineral ………………………. 14 kg
Sal comum (branco) ……………….. 20 kg
Veja maiores detalhes em https://www.embrapa.br/gado-de-corte/busca-de-publicacoes/-/publicacao/325191/suplementacao-de-bovinos-em-pastejo
Temos fórmulas de ração para confinamento nos seguintes endereços:
– Confinamento na prática: sistemas alternativos – http://old.cnpgc.embrapa.br/publicacoes/cot/COT50.html
– Terminação de bovinos na entressafra – http://old.cnpgc.embrapa.br/publicacoes/cot/COT22.html
– Terminação de bovinos em confinamento. 1. Uso de cana-de-açúcar (Saccharum officinarum cv. NA-5679), capim-elefante (Pennisetum purpureum cv. Cameroon) e concentrado na engorda de novilhos nelore e mestiços – http://old.cnpgc.embrapa.br/publicacoes/cot/COT39.html
A garantia de consumo do volumoso pelo animal é dada pela oferta de pastagem de qualidade e numa quantidade que lhes permita consumir o necessário. Avalie a disponibilidade de forragem da pastagem (kg MS/ha) e considere que os animais consumirão 50% do disponível e então ajuste a lotação pondo na área uma quantidade de animais que corresponda aos 26 kg MS/dia X 120 dias (período de ocupação da pastagem).
O enxofre metálico ou pó de enxofre, como qualquer outra fonte mineral extraído de rochas, também está sujeito a conter metais pesados entre as impurezas de origem. Normalmente não há nenhum problema com o uso do sulfato de amônio destinado à agricultura, mas, por via das dúvidas, solicite ao seu fornecedor de sulfato de amônio o laudo da análise do produto e verifique se os
A soja não é uma planta adequada para ensilagem, pois seu alto conteúdo de nitrogênio e baixo teor de açúcar resultam numa fermentação inadequada para conservação da silagem. Pequenas quantidades de pés de soja (10-15%) podem ser adicionadas na ensilagem de capim, desde que um adicional de carboidratos solúveis (açúcares) seja também adicionado ao material. A cana-de-açúcar pode ser essa fonte de carboidratos. Para esse tipo de ensilagem aconselhamos o acompanhamento por um zootecnista de sua região, que avaliará as condições do material a ensilar e poderá recomendar aditivos para melhorar a fermentação da forragem.
Para fornecer a bovinos a algaroba deve ser triturada ou moída. É um excelente complemento alimentar para vacas em lactação e bezerros em crescimento. Também pode ser incorporada a rações de engorda de novilhos. Consulte um zootecnista de sua região para formular uma ração balanceada de acordo com o seu animais e os ingredientes disponíveis no local.
O farelo de amendoim tem uma composição semelhante ao de soja e pode ser substituído na proporção 1:1. Há, entretanto, que tomar cuidado com a racificação das gorduras do farelo de amendoim. Farelos rançosos inibem o consumo da ração e reduzem a produção de leite. Por isso deve-se observar o prazo de validade estipulado pelo fabricante do farelo ou acrescentar um antioxidante de gorduras do tipo EDTA.