Engajamento de públicos é diferencial do projeto

Foto: Ana Maio
Experimentos para validar tecnologias estão em pleno desenvolvimento. Foto: Ana Maio

O projeto Pecuária do Futuro começou diferente. Ele foi alinhado de acordo com as expectativas e necessidades dos públicos de interesse para aumentar a sustentabilidade dos sistemas de produção animal brasileiros.

Para conhecer as expectativas foi usada a metodologia de engajamento de stakeholders e de prospecção de demandas. A proposta, na Embrapa, é inovadora.

Depois de várias reuniões de articulação com pessoas de competências distintas, foram decididos os objetivos e as tecnologias e soluções que serão desenvolvidas. “O projeto nasceu assim. Os primeiros passos foram definidos em conjunto por pessoas que atuam nas áreas de pesquisa e desenvolvimento, transferência de tecnologia e comunicação”, conta a pesquisadora Patrícia Santos, líder do Pecuária do Futuro.

Segundo ela, os stakeholders são fundamentais. Envolvidos desde o início da proposta, a ideia é que acompanhem o projeto até a conclusão, ajudando a direcionar as pesquisas e o desenvolvimento das tecnologias. Dessa forma, os produtos gerados terão maior potencial de adoção e de gerar impactos positivos, trazendo benefícios para a sociedade.

A proposta é desenvolver ferramentas de suporte à tomada de decisão no manejo e transferência de tecnologias para pastagens, alinhadas às expectativas e necessidades prospectadas em conjunto com os stakeholders. Algumas já saíram do papel, como o aplicativo Pasto Certo.

Desafio

A interação entre os participantes, com diferentes formações, é o principal desafio. “Parece um contrassenso, visto que a Embrapa trabalha há vários anos em projetos multidisciplinares conduzidos por redes de pesquisa relativamente grandes. No Pecuária do Futuro, no entanto, não estamos apenas falando em redes de pesquisa. Estamos falando da integração de profissionais de diferentes áreas e também do envolvimento de stakeholders. Estamos falando de um ‘ecossistema de inovação’, o que trás vários desafios adicionais”, destaca Patrícia.
Mas o desafio vem sendo superado e a integração da equipe está fazendo a diferença. A motivação para o projeto continuar avançando vem das pessoas. “Conseguimos reunir um time que vibra a cada conquista do projeto! É muito motivante e gera uma espécie de ‘ciclo virtuoso’”, ressalta a líder do projeto.

Ações

Várias atividades do projeto foram desenvolvidas em 2017, como a primeira reunião com os stakeholders e o I Encontro de Inovação em Pastagens, além de cursos relacionados ao planejamento de produção de forragem.

A primeira versão do aplicativo Pasto Certo foi disponibilizada. A ferramenta auxilia na escolha do melhor capim para cada situação.

A página do Geohidro Pantanal está sendo reativada. Nela, o usuário contará com informações atualizadas sobre enchentes no Pantanal.

Experimentos previstos no projeto também foram iniciados.