Guia mostra como captar imagens com Vants e produzir ortomapas

Analista Luciano Vieira Koenigkan e pesquisador Thiago Teixeira Santos (Campinas-SP). Foto: Ana Maio

Publicação lançada no fim de 2018 pelo pesquisador Thiago Teixeira Santos e pelo analista Luciano Vieira Koenigkan, da Embrapa Informática Agropecuária (Campinas-SP), traz um passo a passo sobre como captar imagens com Veículos Aéreos Não-Tripulados (Vants), utilizar o OpenDroneMap (ODM) e produzir ortomapas, que são mapas elaborados a partir dessas imagens aéreas.

Thiago explica que a publicação “Produção de ortomapas com VANTs e OpenDroneMap” não apresenta novidades científicas, mas oferece um receituário sobre esses procedimentos, entre elas, como produzir in-house os ortomapas tão demandados pela Rede Embrapa de Agricultura de Precisão. “Os ortomapas não são meras colagens. Eles levam em consideração os contornos da área, reconstroem a superfície do terreno por projeções ortográficas”, explica.

O texto começa apresentando princípios da fotogrametria, que é a ciência de obter medições acuradas e confiáveis a partir de imagens pelo uso de métodos da visão computacional. Um dos tópicos discutidos é a correspondência entre imagens.

Sobre a captura de imagens com multirrotores, o trabalho orienta sobre a legislação, planejamento da missão, configurações, pontos de controle no solo e checklist.

Em relação ao uso do sistema OpenDroneMap, há recomendações sobre a instalação, execução e resultados obtidos, além de outras opções e configurações do ODM. OpenDroneMap é um sistema de código aberto para a geração de produtos digitais georreferenciados a partir de imagens aéreas como as obtidas por VANTs.

A publicação lembra ainda que os ortomapas produzidos com o uso de Vants podem apresentar resolução superior à de satélites. Vants podem sensorear áreas com maior frequência temporal, de acordo com a disponibilidade do operador de voo, do equipamento e da necessidade da aplicação, e não sofrem do problema de oclusão por nuvens, que acomete o sensoriamento por satélite.

O mapeamento de alta resolução por sensoreamento remoto tornou-se possível a uma gama de usuários graças a dois avanços recentes: a popularização de VANTs de baixo custo, mais especificamente multirrotores e aeronaves do tipo asa fixa, e a maturação de técnicas de visão computacional para fotogrametria.

OpenDroneMap é um exemplo desse amadurecimento. Com a popularização dessas ferramentas entre grupos de pesquisa, extensionistas, consultores, AgriTechs e produtores agrícolas, pode-se esperar uma série de inovações em agricultura de precisão, além de novos produtos e serviços para o campo, baseados na possibilidade de mapeamento com alta resolução espacial e temporal a um custo acessível.